terça-feira, 11 de novembro de 2008

DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO: REFLEXOS



“Não se pode dar aquilo que não se tem”.

Sabedoria popular, conceito simples de se compreender, pois parece óbvio que não podemos oferecer aquilo que não possuímos. Desta forma, a democracia não pode encontrar lugar dentro dos muros da escola, se ainda não se configura no país de maneira efetiva.

Todas as discrepâncias encontradas no contexto social do país refletem-se na educação, que faz, de uma forma geral, o papel de reprodutora desta realidade dicotômica, daqueles que dominam contra os que são dominados, todos sob o fino véu da democracia, tão frágil ainda em suas estruturas.

A despeito de todas estas contradições, o profissional da educação necessita renovar sua crença na força da democracia, apesar de não enxergá-la na prática. Sob este aspecto, o educador torna-se um visionário, aquele que enxerga além dos outros. E deposita suas esperanças na força das novas gerações, ainda em formação, como os que terão a chance de ver a democracia como um sistema de possibilidades reais para todos.

Remar contra a maré numa luta solitária, pregar a igualdade numa terra de ninguém, eis a tarefa árdua do educador. Mas se os esforços empregados puderem fazer a diferença ao menos para uma criança, se oferecer dignidade ao menos para um adolescente, já terá valido à pena. E o país terá se tornado mais democrático, de fato.
É preciso acreditar nisso para continuar a luta.
SU

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